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Direito

Incumbência do relator e o Artigo 932 do CPC

Explorando o Art 932 do CPC, este artigo lança luz sobre suas implicações cruciais no Direito Processual.

Vamos desvendar as funções do relator, analisar recursos cabíveis e inadmissíveis, e o impacto do Artigo no contexto da responsabilidade civil, conforme estabelecido pelo Código Civil de 2002.

Este estudo oferece uma visão integral, essencial para profissionais e entusiastas do direito, destacando a influência decisiva do Art 932 do CPC no funcionamento do sistema jurídico brasileiro.

Qual o recurso cabível da decisão do relator?

Compreender qual recurso é cabível após a aplicação do Artigo 932 do CPC e a negação de provimento a um recurso é fundamental no direito processual.

Este capítulo se dedica a dissecar essa temática, oferecendo uma visão clara sobre as alternativas recursais disponíveis. Ao navegar por este cenário jurídico complexo, destacamos a importância de cada passo processual.

Inicialmente, é crucial entender que o Art 932 do CPC permite ao relator não conhecer de um recurso inadmissível, prejudicado ou que não impugne especificamente os fundamentos da decisão recorrida.

Quando o relator nega provimento seguindo estas diretrizes, abre-se a possibilidade de interposição de recursos específicos.

Uma das principais vias recursais é o agravo interno, também conhecido como agravo regimental. Este recurso é cabível contra decisões monocráticas do relator.

Ele serve para que a decisão seja reexaminada pelo órgão colegiado competente, proporcionando uma segunda análise do caso.

Além disso, é fundamental atentar-se aos prazos para a interposição do agravo interno. O não cumprimento destes prazos pode resultar na preclusão do direito de recorrer, um aspecto crítico para as partes envolvidas. Portanto, a agilidade e atenção aos prazos processuais são indispensáveis.

Igualmente, outro ponto importante é a necessidade de fundamentação adequada ao interpor o recurso. O agravo interno deve desafiar especificamente os fundamentos da decisão do relator. Isso implica em uma análise detalhada e uma argumentação jurídica bem-estruturada.

Para ilustrar, imagine um caso onde o relator nega provimento a um recurso baseando-se na inadmissibilidade. Neste cenário, a parte prejudicada pode utilizar o agravo interno, argumentando contra os pontos específicos levantados pelo relator.

Este exemplo demonstra a aplicação prática e a relevância estratégica do agravo interno no processo de recurso.

O que é um recurso inadmissível?

Entender o que constitui um recurso inadmissível é vital no direito processual.

Neste capítulo, exploramos essa questão com clareza e profundidade. Um recurso inadmissível, em termos simples, é aquele que não cumpre critérios específicos estabelecidos pela legislação ou pela jurisprudência. Esses critérios podem incluir prazos, formalidades processuais ou requisitos legais específicos.

Primeiramente, um dos motivos comuns para a inadmissibilidade de um recurso é o descumprimento de prazos. No direito, os prazos são rigorosos e essenciais. Se um recurso é apresentado fora do tempo estipulado, ele é prontamente considerado inadmissível.

Este é um ponto crucial para advogados e partes envolvidas em processos judiciais. Assim, a atenção aos prazos é imperativa para a eficácia do processo.

Ademais, outro aspecto importante são as formalidades processuais. Recursos que não seguem o formato exigido por lei muitas vezes são rejeitados.

Por exemplo, se um documento necessário não acompanha o recurso, isso pode levar à sua inadmissibilidade. Isso reforça a necessidade de uma meticulosa preparação processual.

Ademais, vale ressaltar que a inadmissibilidade também pode decorrer da própria substância do recurso. Se um recurso não apresenta argumentos válidos ou relevantes para contestar a decisão anterior, ele pode ser considerado inadmissível.

Portanto, a fundamentação robusta e relevante é essencial para a admissibilidade de um recurso.

Igualmente, é importante entender as consequências da inadmissibilidade. Um recurso inadmissível não é analisado quanto ao mérito, o que significa que a decisão anterior permanece inalterada.

Isso pode ter implicações significativas para o resultado de um caso, afetando diretamente os interesses das partes envolvidas.

Desse modo, ilustremos com um exemplo hipotético: um advogado apresenta um recurso após o prazo legal em um caso de direito civil.

Nesse cenário, o tribunal declara o recurso inadmissível e mantém a decisão de primeira instância. Este exemplo destaca a importância de cumprir com todos os requisitos processuais.

O que diz o Artigo 932 do Código Civil?

Já o Art 932 do CC é um marco no que diz respeito à responsabilidade civil. Neste capítulo, aprofundaremos nosso entendimento sobre este Artigo, analisando detalhadamente como ele define os responsáveis pela responsabilidade civil.

Compreender este Artigo é essencial para todos os envolvidos no campo jurídico, desde advogados até as partes afetadas por questões de responsabilidade civil.

O Artigo 932 especifica claramente as categorias de pessoas que podem ser responsabilizadas civilmente. Ele destaca que certos indivíduos ou entidades, em razão de suas relações ou atividades, podem ser responsabilizados por atos de terceiros.

Isso inclui, por exemplo, pais em relação aos filhos menores que estejam sob sua autoridade e em sua companhia.

Além disso, o Artigo aborda a responsabilidade dos empregadores ou comitentes pelos atos de seus empregados ou prepostos.

Esta disposição tem implicações significativas para o ambiente corporativo e empresarial. Ressalta a importância de políticas e treinamentos adequados, visando minimizar riscos de atos ilícitos por parte dos empregados.

O Artigo 932 também contempla a responsabilidade dos donos de hotéis, hospedarias ou casas semelhantes. Eles são responsabilizados por danos causados a seus hóspedes. Esta disposição reflete a importância da segurança e do bem-estar dos consumidores no setor de hospitalidade.

Além disso, outra importante inclusão é a responsabilidade dos donos de escolas e diretores de colégios. Eles respondem pelos danos causados por seus alunos enquanto estiverem sob sua supervisão. Isso sublinha a relevância da supervisão e controle em ambientes educacionais.

Para exemplificar, vamos considerar um caso hipotético envolvendo um empregador responsabilizado por atos de um empregado. Suponha que um empregado, durante o horário de trabalho, cause um dano a terceiros. Neste caso, o empregador pode ser responsabilizado civilmente, com base no Artigo 932.

O que incumbe ao relator?

O papel do relator no sistema jurídico brasileiro, conforme delineado pelo Art 932 do CPC, é crucial e multifacetado.

Neste capítulo, aprofundaremos no entendimento das responsabilidades e poderes do relator, enfatizando como ele influencia decisivamente o andamento dos processos e a tomada de decisões judiciais.

A análise das funções do relator oferece uma visão integral de sua importância no contexto jurídico.

Primeiramente, o relator tem a responsabilidade de dirigir e ordenar o processo no tribunal. Isso inclui decisões sobre a produção de provas e, em certos casos, a homologação de autocomposições das partes.

Este aspecto evidencia a posição central do relator no desenvolvimento processual, onde sua condução impacta diretamente na eficiência e na justiça do procedimento.

Além disso, o relator aprecia pedidos de tutela provisória nos recursos e processos de competência originária do tribunal. Esta atribuição é fundamental, pois envolve a análise de medidas urgentes, que podem ter efeitos imediatos sobre as partes envolvidas.

A capacidade de avaliar rapidamente e com acuidade tais pedidos é uma habilidade essencial para o relator.

Inegavelmente, um ponto de suma importância é a atribuição do relator de não conhecer de recursos inadmissíveis ou prejudicados. Esta função destaca sua capacidade de filtrar recursos que não atendem aos requisitos legais ou que não são pertinentes, garantindo a celeridade e a eficácia do sistema de justiça.

Posteriormente, o relator também tem o poder de negar provimento a recursos que contrariem súmulas ou entendimentos firmados em instâncias superiores.

Esta responsabilidade sublinha a importância da uniformidade e da coerência das decisões judiciais, alinhando as decisões dos tribunais inferiores às diretrizes dos tribunais superiores.

Adicionalmente, cabe ao relator decidir sobre incidentes de desconsideração da personalidade jurídica. Esta é uma área delicada e complexa, exigindo do relator não apenas conhecimento jurídico, mas também sensibilidade para avaliar as implicações de tais decisões.

O que diz o Artigo 932 do CPC?

Em um cenário jurídico em constante evolução, é essencial compreender como as normas e procedimentos processuais afetam o andamento e a resolução dos casos.

Esta seção final sintetiza os insights adquiridos nos capítulos anteriores, destacando a importância de um entendimento jurídico sólido para a eficácia do processo legal.

Reflectiremos sobre como o conhecimento detalhado do CPC, especialmente do Artigo 932, e a compreensão dos papéis desempenhados pelos diferentes atores no processo judicial, como o relator, são cruciais para a justiça e a eficiência processual.

Este fecho não apenas ressalta os temas discutidos, mas também conecta-os em um contexto mais amplo, enfatizando a relevância do direito processual no cenário jurídico atual.

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Autor
Foto - Eduardo Koetz
Eduardo Koetz

Eduardo Koetz é advogado, escritor, sócio e fundador da Koetz Advocacia e CEO da empresa de software jurídico Advbox.

Possui bacharel em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Possui tanto registros na Ordem dos Advogados do Brasil - OAB (OAB/SC 42.934, OAB/RS 73.409, OAB/PR 72.951, OAB/SP 435.266, OAB/MG 204.531, OAB/MG 204.531), como na Ordem dos Advogados de Portugal - OA ( OA/Portugal 69.512L).
É pós-graduado em Direito do Trabalho pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2011- 2012) e em Direito Tributário pela Escola Superior da Magistratura Federal ESMAFE (2013 - 2014).

Atua como um dos principais gestores da Koetz Advocacia realizando a supervisão e liderança em todos os setores do escritório. Em 2021, Eduardo publicou o livro intitulado: Otimizado - O escritório como empresa escalável pela editora Viseu.

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