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Como cobrar honorários de família? 8 passos para você acertar na cobrança!

Cobrar honorários de família é um problema para você? Essa talvez seja uma das áreas mais complicadas, visto que o profissional atua não apenas como advogado, mas como psicólogo e até mediador. 

Devido às demandas e do tipo de cliente, a exigência dos honorários se torna uma tarefa árdua, seja pela situação em que as partes se encontram ou até por não querer aparentar que o trabalho está sendo feito apenas por dinheiro.

Contudo, todo advogado precisa demandar os seus honorários advocatícios, pois deles depende para honrar os seus compromissos. 

A atuação no direito de família exige habilidades diferenciadas para poder realizar um bom atendimento e, consequentemente, obter êxito na cobrança dos honorários.

Acompanhe o artigo, veja dicas de como se portar diante de atendimentos nessa área e confira 8 passos para cobrar honorários de família!

Como atuar na área do Direito de Família?

O direito de família é uma das áreas mais delicadas para se atuar no ramo jurídico. O profissional não pode apenas estudar a matéria e se especializar sem entender como agir diante das situações que lhe aparecem.

Isso porque o advogado familista lida diariamente com sentimentos, tabus, crenças e comportamentos sociais que envolvem toda a esfera relacionada às famílias.

Desse modo, é preciso se preparar para conquistar a confiança dos clientes. Um bom atendimento facilita na cobrança dos honorários. Por isso, veja algumas dicas para advogar bem nessa área!

1. Estude constantemente

Foi comentado acima que o direito de família, incluindo o das sucessões, envolve tabus, crenças sociais, morais e religiosas. Por isso, além de estudar as leis, é aconselhável entender também sobre a história da formação das famílias, a evolução das legislações dessa temática e até mesmo o comportamento humano

Ter um pouco de noção de sociologia e outras áreas das humanidades pode melhorar a bagagem para atuar nessa área.

Lembre-se de que as leis e a jurisprudência na área da família mudam constantemente conforme novos entendimentos e lutas de movimentos sociais, por exemplo. Portanto, continue sempre buscando conhecimento.

2. Tenha paciência

Ao contrário de outras áreas, no direito de família às vezes é impossível ser muito direto ou rápido no atendimento. As pessoas que procuram um advogado familista geralmente estão passando por mudanças que podem ser dolorosas e desagradáveis. 

Sendo assim, o atendimento precisa ser feito com cautela. Isso significa ter paciência para responder todas as perguntas da pessoa, escutar o que ela tem a dizer e escolher as palavras certas para serem ditas em cada momento. A paciência é essencial para todo advogado, principalmente para os familistas.

3. Seja compreensivo

Em muitos atendimentos, os clientes podem apresentar sentimentos diversos e até mesmo conflitantes. Muitos podem estar cegos pela raiva devido a uma separação, machucados pela perda de um familiar, dentre outros casos que você lidará na sua rotina de trabalho.

Nesses momentos, o ideal é ser compreensivo e deixar o cliente dizer o que gostaria. Isso ajuda a pessoa a desabafar e se sentir melhor. Ao perceber que você está dando atenção a ele, o cliente tende a se sentir mais bem acolhido.

É importante não ser ríspido ou tentar agilizar o atendimento, pois assim você pode perdê-lo para um concorrente.

4. Entenda bem sua persona

Conhecer a persona do seu negócio lhe dará informações importantes sobre como ela gosta de ser atendida e o que você deve fazer para gerar conexão. Por isso, reserve um tempo para estudar e montar o perfil do cliente do seu escritório.

O que um advogado de Direito de Família faz?

Ao ler as dicas citadas acima, você já consegue ter noção do que fazer e o que evitar. No entanto, vale a pena reforçar algumas práticas que podem prejudicar seu atendimento. Veja-as abaixo.

1. Dar respostas curtas

Responder de forma curta pode até parecer grosseiro, dependendo da situação. Se o cliente parece abatido ou preocupado com alguma questão, isso pode fazer a pessoa não lhe procurar novamente. 

Explicar o direito de forma completa e quais as melhores atitudes devem ser tomadas em determinadas situações ajuda a acalmar e a conquistar a confiança.

2. Utilizar uma linguagem difícil

Grande parte do público que procura um advogado familista pode ser simples. Por isso, não utilize uma linguagem complicada, pois isso apenas distanciará seu cliente de você. Evite também o juridiquês. Quem entende um assunto consegue explicá-lo com a linguagem mais simples possível.

3. Responder de forma precipitada

Em diversas áreas jurídicas, nem tudo o que parece ser, realmente é. Por exemplo, imagine que um pai apareça no seu escritório reclamando que a filha de 20 anos pediu pensão alimentícia. Ele conta que ela mora com o namorado há 1 ano. 

Em um primeiro momento, você pode dizer que a filha não tem direito à pensão por estar em união estável. Mas e se a situação for diferente do que ele descreve, não havendo a constância descrita e sem elementos para constituir uma união estável? 

Nesse caso, o juiz pode entender que ela deve receber a pensão. Como ficaria a sua situação com o seu cliente por você ter respondido que a filha dele não tinha esse direito?

Responder de forma precipitada sem analisar a situação a fundo demonstra amadorismo. Não faça isso.

Quando o advogado deve cobrar seus honorários?

O processo para cobrar honorários de família é semelhante à cobrança de honorários em qualquer área. Veja abaixo 8 passos para realizar essa cobrança de forma eficiente.

1. Saiba o momento de cobrar os honorários 

Os advogados devem cobrar a consulta. Em muitos casos, é possível cobrar no final, ao término do processo, junto com o valor combinado para entrar com a ação. Saber o momento de cobrá-los pode facilitar a negociação.

Esses acordos podem ser realizados com o cliente após entender a situação mais benéfica para ambas as partes.

2. Não se precipite em estabelecer os honorários

Saber o momento de dizer o valor dos honorários é essencial. Evite mostrá-los no momento do atendimento. É preferível alegar que precisa de tempo para avaliar o caso do que dizer rapidamente após o cliente contar um pouco do caso dele. 

Além disso, obter o máximo de informações possíveis ajuda na definição do preço. Analise o caso a fundo e dê a resposta em um prazo bom o suficiente para o cliente não desistir e entender que você é organizado e solícito.

3. Analise os custos do processo

Verifique os custos habituais estimados para o processo que o seu cliente deseja ajuizar. Inclua também despesas com possíveis recursos, audiências, dentre outros que podem surgir de forma inesperada. Considere o tempo que você precisa para dar atenção ao caso e o custo da sua hora.

4. Utilize a tabela de honorários da OAB 

A tabela da OAB pode ser utilizada como um parâmetro para definir um valor adequado pelo seu serviço. Assim, você não corre o risco de cobrar muito abaixo do sugerido e valoriza o seu trabalho. Cada estado possui uma e ela não precisa ser seguida à risca.

5. Defina um valor coerente com o seu cliente

Você precisa definir uma quantia que seu cliente consiga pagar. Escritórios que atendem um público-alvo bem definido podem cobrar um valor semelhante para todos. Por outro lado, há advocacias que cobram diferente dependendo do perfil da pessoa.

Você pode estabelecer um preço menor para um cliente da classe D e um maior para o da B, por exemplo. 

6. Dê formas diferentes de pagamento

Ofereça diferentes formas de pagamento, inclusive alternativas para parcelamento. Facilitar isso contribui para que o cliente continue interessado nos seus serviços e não procure por outro profissional.

7. Fique em constante contato com o cliente

Lembrar o cliente das obrigações dele não é errado. Utilize diversos meios de contato para avisá-lo dos pagamentos dos honorários. Caso o cliente não apareça ou não pague, você pode recorrer a um profissional de cobrança ou às medidas judiciais cabíveis. 

8. Explique tudo em contrato

Após negociar um valor, as formas de pagamento e a data de vencimento, explique tudo no contrato para evitar desentendimentos. Além disso, peça a assinatura de duas testemunhas para que o papel tenha valor de título executivo extrajudicial.

Cobrar honorários de família, seja em ações de alimentos, divórcio, sucessões ou outras, exige preparo do profissional para atuar na área. Essa preparação é necessária desde o atendimento de qualidade até entender as necessidades do cliente para formular o preço ideal, bem como conquistar a confiança do cliente. 

Por isso, prepare-se, aprenda a lidar com as pessoas e, dessa maneira, fazer uma cobrança de honorários com eficiência!

Continue aprendendo sobre esse assunto! Confira o que são e como funcionam os honorários de sucumbência!

Autor
Comunicação & Conteúdos

Equipe ADVBOX

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