Vídeo descritivo sobre o modelos de gestão de escritório, em conteúdo da ADVBOX sobre Direito, Tecnologia e Gestão.
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O estilo de gestão influencia em tudo que acontece no escritório ou empresa. Você é refém dele e não sabe. Portanto, quer descobrir os estilos de gestão de escritório de advocacia e em qual você se encaixa?
Então, acompanhe o artigo e descubra tudo sobre modelos de gestão de escritório!
Como se deve gerir um escritório?
Você vê as coisas não como elas são, mas como você é. Ou seja, não há verdades absolutas, toda verdade é uma “meia verdade”.
Todas as formas de fazer, são apenas uma das formas de fazer.
Não há certo ou errado, nem melhor ou pior. Todavia, há a gestão mais adequada para um contexto, um grupo de pessoas e uma organização.
Quais são os estilos de liderança?
É por isso que ao longo dos séculos persistiram 5 tipos diferentes de modelos de gestão de escritório, as quais conduzem as organizações pelo mundo, também presentes em outros setores.
São 5 grandes estilos, modelos ou paradigmas de gestão:
- Gestão Impulsiva;
- Gestão Regrada;
- Gestão Realizadora;
- Gestão Pluralista;
- Gestão Evolutiva.
Psicólogos como Loevinger associam muito esses modelos à personalidade dos líderes que construíram a organização.
Estilo Impulsivo
No caso de sócios de escritório, o Estilo Impulsivo é a forma mais emotiva e arbitrária de gestão. Sendo assim, é o mau exemplo, como um gestor não deve ser.
Esse estilo é focado na vontade do chefe, sendo ela de forma imediata: eu quero isso e quero agora!
Não há respeito às regras e acordos pré-estabelecidos. As recompensas acontecem sem critério e ao bel prazer do líder.
Posto isso, é um modelo precário de gestão, focado no presente, sem pensamento estratégico, não conseguindo crescer, pois quem não se favorece acaba se afastando.
É comum chefes que executam esse modelo de gestão se irritarem e gritarem com os colaboradores, não possuindo o mínimo de empatia, respeito, apenas com um egocentrismo muito grande.
Esse estilo funciona bem em ambientes caóticos como em uma guerra ou tráfico, mas é péssimo em ambientes estáveis. É um estilo difícil de lidar, mesmo assim ainda existem muitos gestores na advocacia, o que é preciso ser superado.
Um escritório com a gestão impulsiva assim não cresce por competência ou qualificação, mas apenas quando o gestor simpatiza com o colaborador.
Estilo Regrado
Por outro lado, o Estilo Vertical Regrado é o oposto: crescer em um escritório assim depende da melhor qualificação e possuindo hábito de cumprir regras, horários e procedimentos estabelecidos.
A hierarquia é o mais importante, pois ela possibilita a estabilidade, sendo o foco desse estilo a longo prazo.
Há uma moral muito simples, baseada em regras universais que deixam claro o que é certo e o que é errado.
Um escritório gerido nessa perspectiva vai ter um organograma rígido, com uma estrutura vertical de pirâmide, ficando os mais inexperientes e desqualificados abaixo.
Esse modelo permite uma organização estável e escalável com um planejamento e operação totalmente separados.
A tendência é ver o colaborador sendo sempre lento e dependente, fazendo apenas o que for determinado. À vista disso, uma rotina com inovação, pensamento crítico e auto expressão não é solicitada.
Nesse modelo, gestão participativa parece ser uma bobagem. O modelo foi implantado por Henry Ford, também defendido por Fayol e Taylor, fundadores da Administração de Empresas moderna, bem como por Max Weber na teoria da burocracia.
A autoridade é exercida e reverenciada, com uma simbologia muito forte: como a túnica do cardeal ou as medalhas do general.
Esse estilo reinou forte na advocacia, vivemos a herança dela até hoje, como por exemplo com o uso da toga e da gravata, símbolos da hierarquia judicial.
A Igreja Católica, os exércitos, o Judiciário e algumas grandes corporações multinacionais funcionam assim.
Esse modelo de gestão necessariamente precisa de um adversário, um inimigo que venha a unir todos os seus membros em uma causa do bem contra o mal. Uma narrativa de: nós, contra eles.
Muitas dessas características são associadas à Geração Boomers.
Estilo Realizador
O 3 modelo corresponde ao Estilo Realizador, com um empreendedor raiz.
São as organizações focadas em resultados, foram feitas pra fazer acontecer, reunir os recursos e alcançar o objetivo.
Sendo assim, para crescer não importa a qualificação, o título ou diploma, mas sim o resultado.
A melhor decisão não é a mais justa ou a mais sensata, mas a que traga resultado. A autoridade do gestor é baseada em números de entrega de resultados.
Esse é o modelo majoritário das organizações políticas e do mercado que tem levado a humanidade à resultados inacreditáveis. É a ética protestante, a salvação pelo trabalho e por ser bem sucedido na vida.
No entanto, esse estilo é recente na advocacia, sendo muitas vezes condenado. É visto com maus olhos por advogados que são apegados ao modelo vertical regrado.
Mesmo assim, o modelo tem crescido muito com a transição geracional para a liderança da Geração X que estamos vivendo na atualidade, já que esse estilo tem muita relação com os valores dessa geração.
A meritocracia é valorizada, assim como a inovação e a auto responsabilização.
Nesse modelo de gestão quem começa de baixo tem alguma chance de crescer. Com certeza não é uma oportunidade igual aos mais favorecidos, mas ela existe.
Líderes desse estilo pensam na organização e na sua gestão como máquinas, como se montassem um sistema integrado de recursos humanos, maquinário e matéria prima.
Todavia, o lado negativo desse modelo, é que suga a vida e a energia das pessoas, seja dos colaboradores ou dos líderes, levando ao alto nível de estresse e ao burn out.
O desrespeito à natureza e ao meio ambiente é geral, o que importa é o lucro acima de tudo.
O senso de comunidade em um retorno ao individualismo exagerado é perdido pela gana de possuir sempre mais.
Estilo Pluralista
O último modelo se refere ao Estilo Pluralista, o qual corresponde a um modelo totalmente sensível e empático, preocupado com os problemas gerados pelo Modelo Realizador.
Este modelo é focado no meio ambiente, no momento presente e nas relações das pessoas, buscando a harmonia, paz, cooperação e consenso.
Além disso, insiste que todas as perspectivas merecem respeito, com a premissa que até a pessoa mais inexperiente pode falar e trazer a solução perfeita!
Por isso, a gestão participativa faz sentido. Nesse estilo, as relações são mais importantes que os resultados, fundamentando que as decisões podem vir de baixo pra cima, de preferência em um consenso que precisa ser construído.
Nesse estilo o principal objetivo para o líder é gerar empoderamento, construindo uma cultura movida por um propósito inspirador em um espaço fortemente democrático e participativo, com pessoas e necessidades integradas.
Existem milhares de escritórios nesse estilo. A advocacia sistêmica é forte na atualidade e tem construído muitas alternativas ao litígio. Por outro lado, é raro encontrar escritórios grandes, pois este estilo tem dificuldade de crescer, já que acaba travando na busca pelo consenso das decisões.
É um estilo que vê sua equipe como uma família, como uma irmandade. Cooperativo, mas sem basear no consenso, e sim no consentimento.
Esse modelo possui um ambiente que permite troca de lideranças, mas não a ausência de hierarquia.
A hierarquia é baseada em situação, contexto e experiência na função, mas alternando essa liderança para que todos tenham a oportunidade de exercer e evoluir.
Há valorização do grupo, mas sem oprimir o indivíduo e suas iniciativas. O objetivo é construir a melhor versão de si mesmo, bem como cada membro da equipe.
À vista disso, esse modelo de gestão é horizontal e tem um apelo forte a autogestão.
Modelos de Gestão de Escritório de Advocacia
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