líder operacional
Gestão de Equipes e Liderança

Líder Operacional na Autogestão

Vídeo descritivo sobre Líder Operacional na Autogestão, em conteúdo da ADVBOX sobre Direito, Tecnologia e Gestão.

Clique aqui para assistir o episódio no Youtube, mas se preferir, segue o roteiro…

O que delegar significa?

Delegar não é “delargar”. Aliás, não é porque a pessoa é boa no que faz que ela irá ser uma boa liderança.

Não!

Essa é uma questão delicada e todos os grandes CEO’s do mundo se preocupam o tempo inteiro.

Pense comigo: ao promover um ótimo colaborador a gerente, sua empresa pode estar perdendo o talento dele e ganhando um péssimo gerente.

É por isso que o papel de líder operacional é importante, pois o líder operacional não é um gerente. Ele continua sendo um colaborador na mesma função que tinha, mas assume tarefas de liderança focadas em métricas e metas do seu setor para começar a exercitar a liderança antes de uma futura promoção.

Ou, por outro lado, se não gostar ou não se sair bem, pode permanecer na função que possui talento.

Qual a diferença entre ter ou não um Líder Operacional?

Afinal de contas, vale a pena ter um líder operacional ou não? A resposta é direta e reta: com certeza.

Vivenciar o papel de liderança por si só permite ao colaborador ter mais auto responsabilidade e reduzir a dependência do chefe.

Sair do seu casulo e pensar no trabalho dos colegas, acompanhando seus resultados com atenção e percebendo as qualidades e defeitos de cada um muda totalmente a visão sobre seu setor e seu time, além de permitir entender melhor o porquê de algumas decisões da diretoria.

Ademais, atribuir as funções de líder operacional para alguns colaboradores desafoga o CEO do micro gerenciamento, melhora a delegação de tarefas e ainda forma novos líderes, o que é requisito básico para o crescimento do negócio.

Quais são as tarefas e rotinas de um Líder Operacional?

São basicamente 8 tarefas mais importantes do líder operacional:

1. Acompanhar a produtividade dos colaboradores e remover barreiras de trabalho

É ótimo que um colega de fácil acesso esteja responsável por identificar essas barreiras, como por exemplo um problema no notebook, uma internet que não funciona, a falta de habilidade com alguma ferramenta de trabalho ou software, enfim, as pessoas ficam com receio de pedir ajuda.

No entanto, ao líder que é um colega de mesmo nível fica mais simples. Percebe a diferença?

2. Preparar e conduzir as reuniões operacionais

Uma vez por mês é importante fazer uma reunião de métricas e metas do setor. Entretanto, para que essa reunião seja rápida e produtiva, precisa de uma preparação.

O líder operacional no dia 1º do mês levanta todas as métricas na planilha operacional, visualizando onde estão as falhas e levantando as suposições do que aconteceu no mês anterior.

Sendo assim, a reunião operacional não irá servir para achar os culpados e descobrir quem cometeu erros. O objetivo da reunião precisa ser de esclarecimento e de diagnóstico.

Por isso, seguirá a sequência: Métricas > Qualidade > Tensões.

Essa é a sequência ideal para alcançar esse esclarecimento ou identificar oportunidades de melhoria.

Ainda, depois da reunião é preciso terminar a ata e elencar as decisões tomadas.

3. Gerenciar a Planilha Operacional

A planilha operacional é a ferramenta básica do líder operacional. Nela são elencadas as principais métricas para o mês, além das metas esperadas para os meses futuros de acordo com o planejamento estratégico.

Ademais, também é importante uma aba sobre a qualidade do trabalho e uma sobre as tensões atuais do setor. Vale salientar que cada setor deve ter a sua planilha operacional.

4. Tratar tensões e conduzir a tomada de Decisão por Consentimento

É da responsabilidade do líder operacional receber e levantar as tensões latentes do círculo, aquelas situações que estão deixando uma ou mais pessoas apreensivas e inseguras.

Assim sendo, essa tensão precisa ser explicada e contextualizada para todos.

O líder operacional ajuda o colaborador a explicar o contexto da tensão e também qual a necessidade dela para superar, além de colocar de forma clara essa tensão ao time.

Em uma gestão horizontal, o consentimento é a forma prioritária de tomada de decisão. Por isso, para alcançar o consentimento, é preciso 3 etapas:

  1. Levantar a situação completa, identificando o contexto e necessidade;
  2. Elaboração da proposta de decisão e explicação para o time;
  3. Rodada de objeções ou preocupações.

Essa é a tomada de decisão propriamente dita. O líder operacional é quem conduz esse processo.

Aconselhamos a levantar as tensões antes da reunião operacional para não deixar a reunião longa, exceto se o seu escritório tiver uma gestão vertical. Nesse caso, o líder operacional decide sozinho ou com o chefe o que fazer diante da situação.

5. Pedido de Aconselhamento

Os membros do time podem enviar pedidos de aconselhamento para o líder. Esses são pedidos de ajuda para tomar decisões do seu trabalho individual e servem para qualquer tipo de necessidade, desde criar uma petição, como conseguir um documento, se deve cobrar honorários em um caso ou não, entre outras situações.

6. Revisão mensal de tarefas

No dia 1º o líder operacional deve fazer a revisão de tarefas do time, conferindo todas as tarefas marcadas como concluídas, procurando se houve tarefas duplicadas, tarefas cumpridas que não foram realizadas ou tarefas realizadas que não foram marcadas.

Esse processo é muito rico e dá uma visão real da produtividade da equipe, onde o líder consegue perceber a ligação da eficiência no cumprimento de tarefas com os resultados alcançados.

7. Feedback de produtividade

O feedback de produtividade é uma reunião individual com o colaborador que apresentou baixa produtividade no mês.

Sendo assim, serve pra entender o problema, se é pessoal ou de modo de operar o trabalho.

8. Seleção de papéis

A seleção de papéis é dirigida pelo líder operacional. Quando surge a necessidade de um novo papel ou função este deve ser escolhido pelo time, através de voluntariamento de quem se interessa.

É preciso validar se a pessoa sabe fazer ou precisa aprender as habilidades da função e se a equipe pode esperar o colaborador aprender.

Caso não seja possível, o líder deve reportar a diretoria que precisa de alguém com aquele papel, descrevendo as habilidades necessárias para a nova contratação.

Ademais, há também a seleção dos papéis essenciais. Quando acaba o mandato de 1 ano do líder operacional e do treinador, é necessário fazer a alternância, de preferência o líder conduz a eleição e não pode concorrer.

Vale a pena criar o papel de Líder Operacional no meu negócio?

A resposta é simples: se você não quer crescer, não vale a pena criar o papel de líder operacional.

Isso porque você vai precisar que ninguém evolua para que fiquem o máximo de tempo com você sem pedirem aumento de salário e sem perceberem que podem crescer financeiramente pois irão pedir demissão.

Porém, se você quer crescer, precisa formar novas lideranças dentro do seu próprio time.

É raríssimo que uma pessoa com grande experiência e qualificação entre de fora da empresa como gerente e se adapte a cultura. Aliás, quando isso acontece é caríssimo, ainda mais se não acertar o colaborador de primeira.

É por isso que é fundamental para o crescimento formar boas “pratas da casa”.

Qual papel de um Líder Operacional?

O papel de líder operacional é o melhor para um bom funcionário começar a exercer a liderança, pois está ligado a supervisionar a operação que ele já faz parte e cobrar.

Ainda, o líder operacional não precisa ser tão cuidadoso com as palavras como o treinador. Precisa cobrar mesmo, exigir, perguntar diretamente e dar um feedback real para quem está indo mal.

Vale salientar que é muito mais tranquilo um colega de mesmo nível fazer isso do que um gerente ou um sócio, pois como não há subordinação, muitas coisas que precisam ser ditas são encaradas com menos medo, como um conselho de um amigo e não como ameaça de um chefe que pode custar o emprego.

Ao final de 2 ou 3 anos, quando muitas pessoas já tenham passado pelo papel de líder operacional, a empatia e compreensão mútua das dificuldades é excelente e a sua equipe irá conviver muito melhor.

No entanto, não adianta ler esse artigo até o final e ficar na inércia. Leve essa discussão para a sua equipe, faça a seleção de líder operacional e treinador, crie essa rotina mensal de reunião de métricas e metas e implemente o tratamento de tensões.

Você não faz ideia de quanto essas práticas vão melhorar a sua vida!

Líder Operacional na Autogestão

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Conteudos Jurídicos

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