Notebook com gráfico do analytics
Business Intelligence

O que é analytics e como utilizá-lo na prática?

Os escritórios de advocacia que trabalham com dados precisam conhecer o conceito de analytics. Ter informações relevantes para uma atuação estratégica é a chave para conseguir bons resultados no negócio.

Existem diversas maneiras de trabalhar com dados. Diante de tantas possibilidades, é comum que as pessoas tenham dúvidas sobre qual é o melhor método a ser aplicado.

Nesse artigo, você aprenderá o conceito de analytics, entenderá o que se trata e assim, saberá distinguir os diversos termos utilizados no universo das análises de dados. Tenha uma ótima leitura!

O que é analytics?

Analytics é termo que se refere ao uso aplicado de dados, bem como análises e raciocínio sistêmico para seguir em processos de tomada de decisões. Trata-se de um conceito que pode ser aplicado em negócios dos mais variados ramos e setores do mercado. 

O analytics é um ramo do business intelligence (BI). Em português, o termo significa inteligência analítica. O campo é abrangente e multidimensional, utilizando-se de técnicas matemáticas, estatísticas, machine learning e modelagem preditiva, dentre outros, para encontrar padrões e interpretar dados. 

Neste artigo, não será abordado sobre BI. Para entender melhor sobre esse conceito de análise de dados, confira os artigos abaixo:

Qual é a importância do analytics?

A análise de dados tem contribuído para a produção de conhecimento por vários anos e em diversos setores. Por meio desses estudos, foi possível entender questões sociais, conhecer populações, encontrar soluções para problemas variados e até conseguir respostas para estudos e pesquisas acadêmicas, por exemplo. 

Em cada uma dessas situações, o cenário exigiu uma resposta a uma pergunta que ainda não havia sido respondida. Quem pesquisa e precisa de respostas concretas sabe que o instinto e as suposições não são suficientes. Por isso, é preciso analisar os dados que já existem para poder encontrar correlações e padrões. 

Confiar na intuição ou em crenças pode levar a respostas nada seguras. Ao se embasar em dados, é possível encontrar respostas concretas e que realmente demonstrem soluções viáveis para o que se deseja.

Dessa forma, é possível encontrar respostas para questionamentos como:

  • O que aconteceu?
  • Como aconteceu?
  • Por que isso ocorreu?
  • O que está acontecendo agora?
  • O que pode ocorrer no futuro?

O analytics, então, pode ser utilizado em diversas situações. Companhias de diversos setores do mercado também passaram a utilizá-lo para encontrar soluções que realmente façam a diferença nos seus negócios. 

Embora a inteligência analítica não dependa de tecnologia, atualmente é fundamental contar com ela para conseguir resultados promissores. Hoje em dia, com computadores e softwares eficientes, a oportunidade para o uso do analytics é ainda mais abundante. 

Desse modo, companhias podem utilizar o conceito para os mais diversos fins, como: desenvolvimento de novos medicamentos, encontrando maneiras mais eficientes de fornecer serviços, prevenindo empresas de fraudes, dentre diversas outras questões que são importantes para as empresas de modo geral.

Analytics: o que é, conceito e como utilizá-lo na prática
Analytics: o que é, conceito e como utilizá-lo na prática

O analytics nos escritórios de advocacia 

Para os escritórios de advocacia, isso não é diferente. Ao aplicar o analytics, os responsáveis pela tomada de decisão podem aprimorar diversos aspectos do negócio, como:

  • Processos internos e externos;
  • Desenvolvimento de novas maneiras de atender clientes;
  • Investimento em novos setores para o escritório;
  • Melhorar o relacionamento com o cliente, dentre outros.

Em suma, o analytics pode contribuir para tornar o seu escritório mais forte e competitivo, auxiliando no seu aprimoramento e tornando a atuação ainda mais estratégica. 

Ainda não sabe dos benefícios da interpretação de dados na advocacia? Veja abaixo um pequeno vídeo que explica isso!

Quais são os tipos de métodos analíticos?

Existem 4 tipos de analytics. Veja abaixo quais são eles. 

1.Análise descritiva 

A análise descritiva parte dos resultados que o seu negócio possui. Logo, é uma análise que se baseia em fatos. Pode ser utilizada para criar e implementar novas estratégias e avaliar possíveis investimentos.

2.Análise preditiva 

A análise de dados preditiva se baseia em previsões de cenários futuros, considerando os padrões demonstrados pelos dados que o seu negócio possui. 

Por ser uma análise que se baseia em previsões, não é possível prever com certeza o que pode acontecer. Entretanto, ela pode ser muito útil para compreender o que pode ocorrer caso uma determinada situação surgir. 

Por exemplo, imagine que o seu escritório deseja investir mais em marketing e publicidade. Com a análise preditiva, não é possível descobrir se isso trará um bom retorno financeiro ou não. Contudo, você pode verificar o que pode acontecer se novas estratégias forem implementadas, tomando como base situações anteriores similares. 

Em outras palavras, o objetivo da análise preditiva é avaliar tendências e probabilidades.

3.Análise prescritiva

A análise prescritiva ocorre após a análise preditiva. Nela, você pode encontrar situações com grandes probabilidades de ocorrer e assim, identificar uma solução por meio de uma prescrição. 

Trata-se de uma análise sempre condicionada a previsões. Sendo assim, os modelos analíticos são sempre realizados com apoio de tecnologias e ferramentas que ajudam a pensar em sugestões, baseando-se em padrões, percepções de objetivos e fatores influenciadores. 

4.Análise diagnóstica

O último tipo de analytics é a análise diagnóstica. O seu foco é em situações que já aconteceram. O objetivo, então, é encontrar relações de causa e efeito para entender o que ocorreu. Trata-se de um processo que se baseia em probabilidades. 

Como conseguir bons resultados com o analytics?

Para utilizar o analytics e ter bons resultados, o seu escritório precisa saber qual é o método analítico ideal para a situação específica. O primeiro passo é saber dos seus objetivos. Entenda o que você precisa saber e onde deseja chegar para, então, reunir o que é necessário para encontrar a solução para o que procura. 

Sendo assim, primeiro tenha em mente o problema que deseja resolver ou quais respostas você procura. Pense, por exemplo, em quais setores do escritório precisam de melhorias, quais decisões precisam ser tomadas, o objetivo da análise, dentre outros aspectos. Inclusive, você pode querer encontrar respostas para questionamentos como os abaixo:

  • Quanto devemos cobrar por um determinado serviço?
  • Onde devemos abrir uma filial do escritório? É viável?
  • Por que estamos perdendo clientes em uma determinada área?

As perguntas podem ser variadas. Com os dados certos e os modelos analíticos adequados, é possível encontrar as respostas que precisa para as perguntas que realizou. Com a ajuda de tecnologias e softwares, obter insights se tornou ainda mais rápido e eficiente. 

Gostando da leitura até aqui? Aproveite e baixe o nosso ebook sobre business intelligence e saiba como ter uma advocacia baseada em dados!

Analytics e Google Analytics são a mesma coisa?

Primeiramente, quem está iniciando no aprendizado sobre analytics e análise de dados pode se deparar com o Google Analytics e pensar que os termos são sinônimos.

Inclusive, ao pesquisar sobre analytics nos mecanismos de busca, geralmente é essa ferramenta do Google que você encontra nos resultados das pesquisas. Contudo, não são a mesma coisa. 

Lembre-se que o termo analytics se refere ao campo multidimensional que se utiliza de técnicas matemáticas, estatísticas e de modelagem, dentre outras, para analisar dados. 

O Google Analytics, por outro lado, é um programa gratuito de monitoramento de marketing digital da Google. A principal função do serviço é coletar dados de acesso, comportamento e navegação nos sites e aplicativos que você deseja e organizar as informações em relatórios. 

A ferramenta disponibiliza análises completas de tráfego e auxilia na otimização das páginas de um site, na condução de testes e principalmente, na tomada de decisões em relação às estratégias de marketing. 

Inclusive, é muito aconselhável que o seu escritório utilize o Google Analytics para avaliar o tráfego que o site e o blog recebem e assim, entender o desempenho de estratégias de marketing utilizadas, bem como identificar as páginas ou artigos mais acessados. 

Desse modo, é possível entender melhor sobre o público que visita as redes do escritório e as suas demandas, dentre outros aspectos. 

Quais são os tipos de análises dentro do analytics?

De antemão, é preciso ter em mente que existem diversos tipos de análises que compõem o analytics. Alguns dos mais conhecidos são:

  • Data Mining;
  • Text Mining;
  • Modelagem Estatística;
  • Previsão;
  • Otimização, dentre outros. 

Com o aumento da tecnologia utilizada para tratar e analisar dados, existem diversas oportunidades para aplicar o analytics

Bônus! Aprenda sobre inteligência de negócios com os vídeos da ADVBOX

Entender sobre analytics é melhor se estudar em conjunto outros conceitos, como o de inteligência de negócios, ou business intelligence, em inglês. Por isso, aproveite e assista ao vídeo abaixo sobre BI na advocacia e veja como uma advocacia baseada em dados é mais inteligente!

Aproveite também e confira outros vídeos do nosso canal do YouTube e aprenda sobre diversos temas importantes para advogados que desejam fazer os seus negócios prosperarem! 

Em síntese, o analytics, como você pode ver, é um termo abrangente, geralmente utilizado para se referir ao uso aplicado de dados. Para entendê-lo melhor, bem como saber como aplicá-lo na prática, é importante estudá-lo com outros conceitos, como business intelligence e big data, por exemplo.

E se você gostou desse artigo, aproveite para aprender também sobre jurimetria big data

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Autor
Foto - Eduardo Koetz
Eduardo Koetz

Eduardo Koetz é advogado, escritor, sócio e fundador da Koetz Advocacia e CEO da empresa de software jurídico Advbox.

Possui bacharel em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Possui tanto registros na Ordem dos Advogados do Brasil - OAB (OAB/SC 42.934, OAB/RS 73.409, OAB/PR 72.951, OAB/SP 435.266, OAB/MG 204.531, OAB/MG 204.531), como na Ordem dos Advogados de Portugal - OA ( OA/Portugal 69.512L).
É pós-graduado em Direito do Trabalho pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2011- 2012) e em Direito Tributário pela Escola Superior da Magistratura Federal ESMAFE (2013 - 2014).

Atua como um dos principais gestores da Koetz Advocacia realizando a supervisão e liderança em todos os setores do escritório. Em 2021, Eduardo publicou o livro intitulado: Otimizado - O escritório como empresa escalável pela editora Viseu.

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