7 níveis de crescimento na advocacia

Vídeo descritivo sobre os 7 níveis de crescimento na advocacia em conteúdos da ADVBOX sobre Direito, Tecnologia e Gestão.
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É possível identificar 7 etapas de crescimento na advocacia. Seja qual for a área de atuação, as características de cada um são muito parecidas.
É interessante saber quais são essas características para planejar o próximo passo e prever os investimentos para crescer.
Com base na análise de mais de 200 escritórios de advocacia, definimos os seguintes níveis de crescimento por receita anual de honorários:
- Nível 1 – Até R$ 250.000,00 de honorários por ano;
- Nível 2 – Até R$ 600.000,00 de honorários por ano;
- Nível 3 – Até R$ 1.500.000,00 de honorários por ano;
- Nível 4 – Até R$ 4.000.000,00 de honorários por ano;
- Nível 5 – Até R$ 10.000.000,00 de honorários por ano;
- Nível 6 – Até R$ 25.000.000,00 de honorários por ano;
- Nível 7 – Acima de R$ 25.000.000,00 de honorários por ano.
Acima de R$ 25.000.000,00 são raros os escritórios.
Escritório de Nível 1
Um escritório de nível 1 não tem equipe, é apenas um advogado com dois ou três ajudantes. É um escritório considerado simples. Além disso, nesse modelo o uso da tecnologia é muito pequeno. A falta de uma linha de produção impede a automatização dos procedimentos.
O marketing jurídico é mínimo e sem investimento. Ademais, não há separação do financeiro e das finanças pessoais do advogado, bem como não há treinamento para o desenvolvimento do pessoal.
Escritório de Nível 2
O escritório de nível 2 já começa a criar uma equipe de colaboradores, possuindo divisão de tarefas com mais de um advogado. Outrossim, o advogado começa a estudar marketing jurídico e técnicas de vendas, mesmo com o baixo nível de organização e uso da tecnologia.
Inicia-se a preocupação do financeiro e das finanças pessoais. Além disto, provavelmente há a consolidação de um canal de captação de clientes de forma recorrente e previsível.
Contudo, o advogado ainda acredita que para prosperar é preciso apenas técnica e sorte.
Escritório de Nível 3
Já no escritório de nível 3, surge a especialização e a setorização do escritório. O setor financeiro é organizado e independente, com um responsável permanente, diferente dos modelos de escritórios citados anteriormente.
Ademais, outros setores podem surgir pela necessidade dessa criação, como um setor recursal ou a controladoria jurídica. Por isso, inicia-se uma preocupação de treinamento dos novos colaboradores, passando a implementar métodos de controle, como prazos fatais, regras de produtividade e recompensas.
Com o financeiro organizado, começa-se a cuidar com atenção para a margem e, com isso, a preocupação com a produtividade da equipe.
Quando falamos em um escritório de nível 3, estamos falando de um negócio de 10 a 20 colaboradores.
Para a captação de clientes, consolida-se mais de um canal de atendimento e de aquisição de clientes. À vista disso, o escritório fecha de 20 a 50 novos contratos mensalmente, podendo variar de acordo com a precificação e o tipo de ação.
A contabilidade do escritório se torna um problema, visando evitar a tributação excessiva.
O escritório cria um fundo de reserva para não sofrer mais com a sazonalidade. Todavia, erros de gestão levam sempre a problemas comuns, como excesso de trabalho e o pouco retorno em alguns casos, gerando alto nível de estresse aos advogados.
Aos poucos a tecnologia especializada se torna mais usufruída, reduzindo o nível de estresse adquirido pelos dos colaboradores.
Nessa fase do escritório, já utiliza-se em média 10 softwares para a realização do trabalho jurídico.
Escritório de Nível 4
Quando falamos nos escritórios de nível 4, já falamos em um número bem reduzido no Brasil.
Nesse modelo, há uma equipe autônoma de marketing e outra de fechamento de contratos, geralmente especializada por área do Direito, tendo em média de 4 há 10 colaboradores nesta.
Há uma preocupação com a improdutividade em todos os setores. A partir disso, o gestor consegue eliminar focos de improdutividade, bem como os tipos de ação que não dão retorno para o negócio.
Em relação a tecnologia, a adesão desta se dissemina. Os melhores escritórios costumam usar nesse nível até 40 tipos de softwares para realizar as tarefas de forma especializada.
Nessa fase, há necessidade de recompensas estruturadas, bem como de um Plano de Carreira para cada colaborador da equipe.
Além disso, visa-se a reestruturação societária para ampliar o número de sócios, sejam eles patrimoniais ou de serviço.
Adota-se processos de recrutamento e seleção terceirizados, visando obter mais profissionalismo nessa área. Todos os regulamentos desses processos devem ser pré-estabelecidos, de preferência por escrito e divulgado entre os colaboradores.
Quando falamos de escritórios de advocacia de nível 4, falamos de escritórios com mais de 10 anos de atuação no mercado e com mais de 25 colaboradores na equipe.
Escritório de Nível 5
Os escritórios de nível 5 requerem o pensamento do desenho organizacional de forma mais robusta, como adoção de práticas de gestão, departamentos e lideranças por setor.
Os setores financeiro e Recursos Humanos necessitam ter mais investimento e estrutura.
O Diretor Financeiro passa a atuar como um CFO estratégico.
Além disso, a governança corporativa é adotada nesse modelo de negócio.
Necessita-se de um advogado dedicado às próprias demandas do escritório.
Quanto aos canais de atendimento e fechamento de contratos, exige-se equipes que gerem canais de aquisição e novos clientes todos os meses, visando 300 novos contratos.
O planejamento estratégico é feito e executado por cada departamento.
Em relação à tecnologia, cria-se uma estrutura mais robusta, vindo a contratar programadores próprios para desenvolver robôs e sistemas personalizados.
São criados grupos de trabalho dentro de setores para tarefas importantes, bem como squads para divisão das atividades.
Em geral, esse modelo de escritório possui área de Recursos Humanos e assessoria de imprensa.
Escritório de Nível 6
Nos escritórios de nível 6, a gestão assume as características essenciais de uma gestão organizacional completa.
Neste modelo, falamos de 50 a 150 colaboradores, sendo necessário manter e fortalecer a cultura do negócio em todos os setores.
Uma equipe dedicada à cultura é bem vinda: ter regras de relacionamento e rituais semanais e mensais de alinhamento geral são muito importantes para o bom desenvolvimento do escritório.
Processos democráticos e justos para o crescimento na organização.
Além disso, há departamentos de contabilidade e financeiro para medir e acompanhar, visando aumentar a margem de lucro constantemente.
Em relação ao planejamento tributário, é necessário criá-lo e ter acompanhamento todos os meses.
Um departamento jurídico próprio para o escritório também torna-se indispensável.
Escritório de Nível 7
Por fim, os escritórios de nível 7 são os que chamamos de super bancas, possuindo uma gestão completa que já ultrapassa R$ 1.000.000.000,00 em receita em alguns casos no Brasil.
Requisitos para o crescimento de um escritório de advocacia
Analisando todos esses modelos de negócio, pode-se concluir que para o crescimento de um escritório a equipe deve conseguir gerar receita de honorários acima das despesas. Para isso, uma boa produtividade é indispensável, impactando diretamente no caixa. Ademais, quanto menor a produtividade, menores são os salários, bem como o saldo de cada período e o potencial de crescimento.
Dessa forma, não pode-se pensar em crescer sem antes fazer a lição de casa: é preciso olhar dentro do escritório e ajustar os problemas de improdutividade e qualidade.
Deve-se priorizar os serviços que geram mais receita e eliminar os que geram menos.
A automatização de procedimentos é essencial em todas as 7 áreas do escritório, como: atendimento, controladoria jurídica, financeiro, Recursos Humanos, produção jurídica, marketing e fechamento de contratos.
Além disso, o gestor deve se preocupar como cada colaborador está realizando as tarefas, interferindo e determinando que o dia de trabalho seja realmente bem aproveitado.
A tecnologia tem papel muito importante, devendo ser usada de forma constante e em grau máximo, bem como deve sofrer alterações e criações constantes para proporcionar um melhor resultado.
Os resultados dos escritórios após a transição para a advocacia digital dependem da capacidade técnica. Esta não é suficiente sem a capacidade de trabalhar junto com o máximo de tecnologia, tendo a relação humano-máquina um peso cada vez mais importante.
Portanto, conclui-se que no mundo atual o principal elemento competitivo é a capacidade de aprender rápido. Isto é, não apenas se atualizar no Direito, mas sim em relação as novas tecnologias e a gestão jurídica. Ademais, pesquisas devem ser realizadas semanalmente para aprendizados dessas questões, tendo papel muito importante para o advogado.
7 níveis de crescimento na advocacia
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Referências
- Hiper Crescimento;
- Receita Previsível;
- A estratégia do Oceano Azul;
- 4 fases de uma startup: https://www.youtube.com/watch?v=QtDcMwKLDcs
