Como montar o DFC de escritório de advocacia

Todo empreendedor precisa entender o que é e como fazer DFC, o Demonstrativo de Fluxo de Caixa. Esse é um documento muito importante para toda e qualquer empresa e tem como objetivo relatar tudo o que entrou e saiu da conta bancária da companhia.
Ou seja, o DFC é essencial para esclarecer todos os movimentos financeiros da conta empresarial. Os escritórios de advocacia, obviamente, precisam desse demonstrativo para entender a saúde financeira do negócio, bem como compreender como funciona o fluxo de caixa.
Nesse artigo, você saberá tudo sobre o Demonstrativo de Fluxo de Caixa na advocacia e saberá como fazer DFC. Confira!
O que é fluxo de caixa?
Antes de explicar o que é o Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC), é interessante entender o que se entende por fluxo de caixa. Esse termo é um dos mais conhecidos e falados dentro dos setores financeiros das empresas e até entre empresários.
O fluxo de caixa se refere a toda entrada e saída de recursos financeiros da empresa. Ou seja, relaciona-se com toda movimentação financeira dentro de uma organização.
As entradas são todas as receitas que um negócio recebe. Logo, é todo dinheiro que entra na conta. Podem ser consideradas como entradas, por exemplo, os honorários, recebimento de empréstimos e investimentos feitos por sócios, dentre outros.
Por outro lado, as saídas correspondem a todos os valores que a empresa precisa para pagar suas despesas. Exemplos de saídas mais comuns podem ser: salário dos colaboradores, gastos com contas de energia, aluguel, conta de internet, dentre outras despesas necessárias para o funcionamento do escritório.
Nesse sentido, é possível resumir explicando que entrada é todo dinheiro que entra na empresa, enquanto que saída é toda a quantia que sai da conta dela.
Toda empresa possui um fluxo de caixa, inclusive as que apenas prestam serviços, como os escritórios de advocacia. Sendo assim, é essencial que haja uma boa gestão financeira para evitar que o fluxo de caixa fique descontrolado.
O que é a Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC)?
A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) é um relatório internacionalmente padronizado na contabilidade, e que foi incorporado no Brasil através de algumas leis.
O DFC é criado com base nos dados do Relatório de Receitas e Despesas, e portanto, se baseia na “data do pagamento” de cada receita e despesa.

O objetivo central da DFC é visualizar o que foi pago e o que foi realmente recebido, além de qual o saldo em conta do escritório. No DFC, você registra e visualiza o que entrou e saiu de fato do caixa no período.
O que não foi pago e não foi recebido (atrasos, inadimplência, parcelamentos e provisões) é apurado no DRE – Demonstrativo de Resultado do Exercício.
O que é preciso entender é o seguinte: se o escritório tivesse apenas uma conta bancária e recebesse e pagasse todas as receitas e despesas através dela, o saldo do DFC e da conta ao final de cada período sempre seriam iguais.
O DFC deve refletir a soma de todos os extratos bancários. Desde 01/01/2008, conforme a Lei 11.638/2007, todas as empresas com mais de R$ 2.000.000,00 (dois milhões) de receita anual são obrigadas a apresentar.
Porém é de grande interesse de escritórios ou empresas desde a sua abertura a criação e acompanhamento do seu DFC, pois ajuda muito na gestão financeira e dá ao gestor uma visão prática das entradas e saídas.
A ADVBOX recomenda que todo escritório faça seu DFC do ano anterior (sempre, a qualquer época do ano se não fez ainda) e mantenha mensalmente atualizada a DFC do ano corrente.
Pode parecer muito trabalho, mas com a ADVBOX, os escritórios levam menos de 10 minutos por mês para atualizar sua DFC. Esse é um investimento de tempo muito pequeno para um ganho de gestão enorme, não acha? Por isso, vale a pena contar com o nosso software jurídico para isso.
Para que serve o DFC?
O DFC é importante para auxiliar na gestão financeira de forma clara e objetiva. Afinal, ele demonstra todas as entradas e saídas de dinheiro da companhia, dando uma visão geral e ampla sobre a situação financeira do negócio.
Dessa forma, o gestor consegue entender como os recursos da empresa são empregados e quanto tem entrado e saído da conta corporativa em um determinado período.
As informações contidas nele podem auxiliar na tomada de decisões e no planejamento para o futuro da empresa.
Cumpre informar que a elaboração do Demonstrativo de Fluxo de Caixa é obrigatório para alguns tipos de empresas. Conforme previsão legal, as companhias de capital aberto, com patrimônio acima de 2 milhões de reais, bem como as pequenas e médias empresas, devem apresentar o DFC, conforme mencionado anteriormente.
Isso significa que ele tem uma importância fiscal, visto que é utilizado para analisar se há fraudes ou equívocos nos pagamentos e recebimentos da companhia.
O que é importante constar no DFC?
Antes de entender como fazer DFC, é preciso saber que existem certos requisitos fundamentais e que precisam estar nesse demonstrativo.
Os elementos fundamentais podem ser separados em três categorias. São elas: atividades operacionais, atividades de investimento e atividades de financiamento. Entenda abaixo um pouco sobre cada uma delas.
Atividades operacionais
Nesse escopo, englobam-se as despesas relacionadas com as atividades que geram receita para a empresa. Podem ser consideradas atividades operacionais, por exemplo: contas a pagar, contas a receber, recebimento de clientes, impostos, pagamento de salário aos colaboradores.
Como se relacionam com a atividade principal da empresa, associam-se com o capital circulante dela. Geralmente, estão ligados ao ativo e passivo circulante do balanço patrimonial.
Atividades de investimento
Essas atividades estão vinculadas aos investimentos realizados pelo escritório e podem estar ligadas ao patrimônio de longo prazo. Exemplos podem ser: aplicações financeiras, recebimento de valores, compra de tecnologia, aquisição de um imóvel para o escritório, compra de equipamentos, dentre outros.
São considerados patrimônio de longo prazo porque não podem ser adquiridos com o intuito de ter retorno rápido. Assim, relacionam-se com o ativo não circulante do balanço patrimonial.
Atividades de financiamento
As atividades de financiamento correspondem ao passivo circulante e não circulante do patrimônio líquido empresarial. Podem estar inseridas nessa esfera os empréstimos e financiamentos.
Qual é a diferença entre DFC e DRE?

Outro documento muito conhecido por gestores financeiros e contadores é o Demonstrativo do Resultado do Exercício (DRE). Ele não pode ser confundido com o Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC), pois são completamente distintos.
Ambos são importantes, embora tenham objetivos diferentes. Enquanto o DFC apresenta os registros de entrada e saídas de recursos financeiros da companhia, o DRE apresenta os registros de custos, rendimentos, perdas e despesas da empresa, demonstrando o resultado líquido dela e mostrando se houve lucro ou prejuízo.
O DRE também pode ser utilizado pelos gestores para entender a saúde financeira do negócio.
Qual é a estrutura do DFC?
Para saber como fazer DFC, é preciso entender a estrutura que o demonstrativo exige. Embora pareça complicado e trabalhoso, ele é relativamente simples, apresentando uma estrutura fácil de ler.
O resultado da demonstração de fluxo de caixa é conseguido através da soma de todos os resultados líquidos de cada um dos três grupos de atividades vistos anteriormente.
Veja abaixo como o DFC deve ser estruturado!
Atividades operacionais
Nessa parte, devem conter as seguintes informações:
- Recebimento de venda dos serviços;
- Pagamento de impostos sobre o faturamento;
- Pagamento do salário dos funcionários;
- Pagamento de impostos;
- Pagamento de custos indiretos;
- Pagamento de despesas operacionais;
- Pagamento de outros profissionais e serviços importantes para o negócio.
Atividades de investimento
- Recebimento da venda de ativos;
- Pagamento da compra de ativos.
Atividades de financiamento
- Captação de empréstimos;
- Aportes de capital;
- Redução de capital;
- Amortização de empréstimos.
Quando for fazer o DFC do seu escritório de advocacia, esses são os ítens que devem ser considerados. No entanto, é importante se atentar para particularidades desse tipo de negócio e incluir algo que pode não ter sido citado acima.
Quais são os métodos para elaborar o DFC?
No momento de entender como fazer DFC do seu escritório, é importante ter em mente que existem dois métodos diferentes para elaborá-lo. São eles: o método direto e o indireto.
Ao elaborá-lo pelo método direto, é essencial entender que a base para a elaboração das atividades operacionais da empresa considera os recebimentos dos clientes, bem como as despesas e os pagamentos em valores brutos.
Por outro lado, o método indireto não leva em consideração os valores brutos das entradas e saídas, mas sim o ajuste do lucro líquido. Entra nesse método também as variações das contas patrimoniais da empresa que são encontradas no DRE.
Quais são as vantagens de utilizar o DFC?
Ao longo do artigo, você entendeu que o DFC é importante para compreender a saúde financeira do negócio e como o dinheiro da empresa é utilizado. Além disso, é possível verificar outras vantagens de utilizá-lo. Alguns benefícios do DFC são:
- Ajuda a prever, planejar e controlar melhor o dinheiro da empresa;
- Auxilia na tomada de decisões;
- Revela a situação real do escritório;
- Contribui para ajustar os preços dos serviços prestados;
- Revela se os recebimentos são suficientes para sanar os gastos;
- Identifica oportunidades para realizar investimentos;
- Afirma se o dinheiro é suficiente ou se será preciso realizar empréstimos.
O DFC fornece dados importantes e reais sobre o escritório, contribuindo para tomar decisões fundamentadas e que realmente sejam efetivas. Por isso, ele deve sempre ser considerado, principalmente em decisões que envolvam o dinheiro da organização.
Como fazer DFC passo a passo? Veja dicas para criar o seu!
Após entender o que é esse demonstrativo, para que ele serve, qual a sua importância, suas vantagens e o que deve ter em sua estrutura, é hora de entender como fazer DFC.
O primeiro passo é traçar as diretrizes necessárias para identificar as despesas e receitas que o escritório possui ou terá. Coloque as informações em ordem, identifique todos os recursos e realize uma análise detalhada de todos os lançamentos.
O método indireto costuma ser o mais utilizado para realizá-lo. Veja abaixo algumas dicas para elaborá-lo!
Determine diretrizes para identificar receitas e despesas
Determine um período para analisar os dados e documentos da companhia. Em seguida, identifique o que é receita fixa, receita variável e as despesas que a empresa teve dentro do período determinado.
Organize as informações
Além de saber como fazer DFC, é preciso entender como mantê-lo organizado. Para organizar as informações conseguidas, é preciso lançá-las de forma ordenada, classificando-as em receitas e despesas e respeitando as categorias de cada uma.
Por exemplo, as despesas podem ser lançadas por cada departamento do escritório e as receitas podem ser divididas por tipos de serviços ou áreas de atuação, por exemplo.
Identifique investimentos e financiamentos
Por fim, o terceiro passo consiste em registrar os investimentos e financiamentos ou empréstimos feitos pela empresa. Além disso, é importante que conste no demonstrativo o que a empresa tem para receber em datas futuras.
Esse registro é essencial para que o demonstrativo realmente corresponda com a realidade do escritório. Logo, todas as informações devem constar nele, sem omitir nada.
Como montar o DFC do meu escritório de advocacia? Veja na prática!
Existem inúmeras variações de Demonstração de Fluxo de Caixa.
Vamos explicar como montar um DFC da área de serviços (e não de comércio), pois é como os escritórios de advocacia devem fazer.
Primeiro, é preciso realizar todos os lançamentos financeiros do mês e confirmar o pagamento para que eles efetivamente sejam considerados. O passo seguinte é emitir o Relatório de Receitas e Despesas (RRD), o que você faz em poucos cliques.
O terceiro passo exige ter a sua planilha DFC própria. Se ainda não tem, sugerimos fazer o download da nossa planilha de Excel padrão de DFC de escritórios. Ela pode ser adquiria gratuitamente pelo link.
Em quarto lugar, é preciso copiar o resumo das Receitas que a ADVBOX gera no relatório RRD já emitido, colacionando o resumo das receitas:

Em quinto lugar, é preciso fazer a mesma ação para as despesas. Logo, copie do RRD para colar no mês referido do DFC.
Para os planos Banca Max e Elite, as despesas já saem somadas por grupos financeiros no resumo do cabeçalho do Relatório de Despesas e Receitas. Se você está utilizando o plano Banca Jurídica, deverá somar cada uma das categorias e buscar o valor a ser inserido no DFC.

Como analisar um DFC?
Não adianta saber como fazer DFC sem entender como analisar o demonstrativo. A estrutura do documento deve conter a soma do resultado líquido dos três tipos de atividades englobadas, que são as operacionais, de investimento e de financiamento.
Ademais, ele precisa demonstrar a diferença entre o saldo do início e o do fim do período que foi analisado. Esse resultado deve ser observado para orientar a tomada de decisão.
Decidir com base nos números reais sobre a situação financeira da empresa evita prejuízos e permite que boas escolhas sejam feitas. Assim, é possível resolver problemas, melhorar certos aspectos e controlar ainda mais o fluxo de caixa do escritório.
Quais são os grupos financeiros padrão na ADVBOX?
Os grupos financeiros padrão na ADVBOX e mais adequados à uma advocacia contemporânea e atual são assim descritos e numerados:
1. Receitas;
0. Deduções.
Os demais grupos são de despesas:
2. Folha de Pagamento;
3. Encargos da Folha de Pagamento;
4. Tributos;
5. Despesas Fixas;
6. Despesas Variáveis;
7. Despesas Bancárias;
8. Marketing e Comercial;
9. Distribuição de Lucros e Participações.
Como finalizar a apresentação do DFC para os sócios do escritório?
Por fim, o sexto passo é seguir realizando o mesmo procedimento após o último dia de cada mês para manter o DFC atualizado. Ao concluir o ano, o demonstrativo ficará apresentável da seguinte forma, conforme o exemplo abaixo:

Veja a clareza das informações sem necessidade de rolar o scrool do mouse, estando as principais informações disponíveis em uma única tela.
Esta é a forma ideal para a apresentação da Demonstração de Fluxo de Caixa Anual, a fim de torna límpida e clara a informação das receitas e pagamentos efetivamente realizados anualmente.
Com esta apresentação, fica muito mais simples a decisão acerca de:
- Retirada de lucros;
- Possíveis investimentos;
- Necessidade de reservas financeiras.
Com a ADVBOX, o tempo que você leva para montar o seu DFC não ultrapassa 10 minutos a cada mês, como já nos referimos.
Claro, sem a ADVBOX ou utilizando outros sistemas de gestão, o tempo investido pode ser de 1 semana inteira, com a dedicação total de uma pessoa. E mesmo assim, seu relatório fica vulnerável à erros.
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