O futuro das petições - capa da live
Advocacia

O futuro das petições

As inovações tecnológicas modificaram muito a forma de trabalhar do advogado. Diversas de suas funções puderam ser automatizadas, tornando o dia a dia do profissional muito mais produtivo.

Uma das mudanças trazidas é em relação às peças processuais. O futuro das petições promete trazer um cenário completamente diferente do que muitos estão acostumados.

Acompanhe a leitura e entenda um pouco sobre o que os advogados devem esperar sobre o futuro das petições, bem como o que aguardar da profissão de advogado nos próximos anos! 

A inteligência artificial e as petições

A tecnologia trouxe diversas mudanças benéficas para a atuação dos advogados. Ela permitiu delegar tarefas repetitivas, realizar uma gestão eficiente do escritório, dentre outras melhorias.

Uma inovação que ajuda muito os advogados é a inteligência artificial (IA). Ela já é utilizada, por exemplo, por profissionais que desejam entender a linha de julgamento em um determinado tema nos tribunais ou comarcas em que atuam. 

A inteligência artificial auxilia os escritórios a identificar tendências, entender o mercado, dentre outras diversas funções. Estima-se que ela também seja útil no momento de redigir as peças processuais

Sendo assim, o futuro das petições terá a presença massiva da IA. Alguns estimam que a máquina estará tão avançada que bastará apenas que o advogado escreva um pouco sobre o caso no seu computador para que a tecnologia indique os argumentos, teses e legislação que devem ser utilizados na petição. 

Ademais, ela poderá apresentar precedentes relacionados ao caso, bem como demonstrar partes de decisões relevantes. Há quem estime que poderá ter sistemas capazes de rascunhar uma breve petição para o profissional. 

Outra inovação que poderá ser aplicada no momento de redigir as petições é a já existente função de preenchimento automático, utilizado em celulares e pelo Google, principalmente no Gmail. Assim, o advogado poderá utilizá-la no momento de escrever a sua peça, deixando para a máquina completar o que ele deseja dizer. 

A importância do legal design e do visual law

O futuro das petições — bem como o presente — já demanda a utilização do legal design e do visual law. É importante entender brevemente sobre cada um. 

Legal design 

O legal design pode ser entendido como a aplicação do design thinking ao nicho jurídico. O objetivo é fomentar a inovação nesse mercado. O design thinking é uma abordagem que busca a solução de problemas de maneira coletiva, sempre visando uma perspectiva de colaboração entre os envolvidos em uma relação de consumo ou equipe.

O conceito é muito utilizado e conhecido em diversas áreas, inclusive entre empreendedores de diversos segmentos. 

A aplicação do design thinking no mercado jurídico surgiu nos Estados Unidos, com o intuito de criar serviços jurídicos centrados no que o cliente precisa. 

Visual law

O visual law, por outro lado, é uma subárea do legal design que consiste em aplicar técnicas específicas do design no Direito. O objetivo é tornar os serviços jurídicos mais humanizados e compreensíveis para todos, alcançando desde pessoas leigas até os maiores especialistas no assunto. 

Nesse sentido, o uso do design no Direito permite que o advogado passe toda a informação necessária ao seu cliente em um formato dinâmico e inovador. 

O visual law surgiu como uma alternativa para tornar a comunicação jurídica ainda mais simples, acessível e eficaz, de modo que todos possam entender. Atualmente, são inúmeras as técnicas aplicadas, como: bullet points, storytelling, storyboards, vídeos, fluxogramas, dentre outros. 

O futuro das petições exigirá ainda mais a utilização tanto do legal design quanto da sua subárea, o visual law. Em um mundo onde o dinamismo e a sobrecarga de informações já é uma realidade a ser superada, essas ferramentas podem tornar ainda mais efetivo o trabalho dos profissionais.

As peças processuais que utilizam esses métodos acabam sendo mais legíveis e facilitam a comunicação. 

Rapidez nas pesquisas 

Atualmente, já é possível redigir peças processuais utilizando modelos prontos dos bancos de petições. Essa alternativa facilita muito o trabalho dos profissionais, permitindo uma maior agilidade no desenvolvimento dos serviços.

Sendo assim, há muitos que utilizam modelos e alteram o que precisam conforme o caso apresentado.

Contudo, a parte de pesquisa ainda pode exigir muito tempo dos profissionais. Há quem faça esse trabalho manualmente, mas já é possível utilizar a tecnologia para tornar essas pesquisas mais otimizadas.

O futuro das petições talvez torne esse processo ainda mais ágil. Daqui a alguns anos, a tecnologia pode estar tão avançada que pode ser que o advogado apenas tenha que escrever os detalhes do caso para que o próprio sistema ofereça a pesquisa pronta. 

Assim, basta que o advogado escolha os argumentos e as pesquisas que a máquina apresentou para utilizar em suas peças, bastando alterar e colocar um toque mais humano nelas.

Isso não significa que o futuro das petições não exigirá o trabalho do advogado! A tecnologia veio para ajudar. Contudo, é sempre o profissional que terá que tornar a peça humanizada e definir o que deve ser colocado ou não para formar uma tese que convença. 

Logo, o trabalho do advogado será sempre essencial no momento de elaborar peças processuais.

Afinal, como será o futuro das petições?

O futuro das petições indica que a tecnologia estará ainda mais presente no momento de redigi-las. Os advogados poderão ter uma maior agilidade para elaborá-las, sem perder a eficiência no trabalho e a qualidade delas. 

A inteligência artificial será determinante para isso. Espera-se também que ela torne as pesquisas ainda mais dinâmicas, cabendo ao profissional apenas montar e criar a tese que deseja.

Por fim, o legal design e o visual law serão ferramentas que poderão agregar ainda mais na qualidade das peças, fazendo com que elas atinjam seu objetivo e sejam entendidas por todos os envolvidos na relação processual. 

Leia também:

Perguntas frequentes

Veja abaixo algumas das perguntas mais frequentes feitas por quem pesquisa sobre esse assunto!

O que esperar do Direito no futuro?

O futuro do Direito e da advocacia será digital. Espera-se que haja um maior uso da inteligência artificial, bem como softwares jurídicos completos que permitam que o advogado controle todo o seu trabalho por eles. 

Ademais, o futuro da advocacia exigirá constante aprendizado e atualização dos profissionais, que deverão utilizar ainda mais aplicativos de mensagens instantâneas, programas para realizar audiências virtuais, marketing jurídico, sites, redes sociais, dentre diversas outras ferramentas. 

Qual é o futuro da profissão do advogado?

O futuro da profissão do advogado será cada vez mais alinhado com as tecnologias e com a transformação digital. Sendo assim, os profissionais dessa área deverão abrir a mente e utilizar ferramentas tecnológicas se quiserem sobreviver no mercado. 

Contudo, espera-se também que, como profissional das Ciências Humanas, ele saiba interpretar e analisar o mundo com um olhar crítico e social. Assim, os advogados deverão buscar um estudo do Direito que seja ainda mais próximo das Ciências Sociais e outras áreas das Humanidades.

Vai existir advogado no futuro?

Muitos acreditam que a tecnologia avançará tanto que terá robôs que poderão escrever petições e fazer atendimento jurídico. Mesmo se isso acontecer, o advogado sempre será indispensável para defender os direitos das pessoas. 

Sendo assim, mesmo com uma tecnologia altamente avançada, é essencial ter o trabalho do advogado. Seu olhar humano e seu conhecimento serão fundamentais para criar teses, tutelar direitos, dentre outras prerrogativas. 

Convite: confira a nossa live sobre o futuro das petições!

Toda quarta-feira, a ADVBOX realiza lives com especialistas para conversar sobre diversos temas fundamentais para advogados.

A live dessa semana no #FomedeSaber foi sobre o futuro das petições. Nessa conversa, você verá o que pode mudar no trabalho dos profissionais no momento de redigir peças processuais. 

Confira o que conversamos sobre o assunto e tenha informações ricas para poder aplicar no seu escritório de advocacia! 

É impossível prever com certeza como será o futuro das petições. Contudo, há previsões otimistas que almejam um avanço tecnológico que melhore ainda mais o trabalho do advogado.

O que os profissionais podem esperar é que haverá uma forte presença da tecnologia, que poderá trazer ainda mais benefícios para a profissão.

E se você gostou do que leu, confira agora as 4 fases que você deve seguir para tornar o seu escritório digital!

Autor
Comunicação & Conteúdos

Equipe ADVBOX

Postagens Relacionadas